“O coração da democracia é a liberdade”, diz José Sarney
José Sarney reflete sobre os 40 anos de democracia no Brasil, sua trajetória política e a importância da liberdade. Com quase 95 anos, o ex-presidente compartilha suas visões sobre democracia, economia e o futuro político do país.
José Sarney tomou posse como presidente da República há 40 anos, em 15 de março de 1985, marcando o início da redemocratização no Brasil após 21 anos de regime militar.
Atualmente, o Brasil completa 40 anos de democracia, um recorde de estabilidade institucional em seus 525 anos de história.
Recentemente, em entrevista ao Poder360, Sarney, que agora tem 94 anos, compartilhou suas reflexões sobre o período democrático. Ele destacou que o coração da democracia é a liberdade e que a tolerância foi uma marca de sua passagem pelo Planalto.
Relembrando sua posse, Sarney comentou sobre a responsabilidade inesperada que teve ao assumir, o papel de Ulysses Guimarães e outros líderes durante a transição, e defendeu que a ditadura militar foi substituída por um processo de engenharia política.
Ele também abordou a importância da anistia em 1979 como um ponto chave para a transição democrática, afirmando que ela permitiu uma pacificação necessária entre os lados opostos.
Em relação à sua longeva carreira política, Sarney mencionou que não guarda mágoas e que sempre viu os opositores como adversários e não inimigos. Casado desde 1952, ele é pai de três filhos e escritor de 123 livros.
Sarney se declarou otimista sobre o futuro do Brasil e destacou líderes atuais, como Hugo Motta e Helder Barbalho, sugerindo que sua experiência deveria orientar a política do MDB em 2026, mantendo apoio a Lula.
Para finalizar, atribuiu sua saúde a hábitos de vida simples: "Dormir muito, comer pouco e não discutir com mulher."