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O crescente movimento de empresas que abandonam políticas de diversidade nos EUA

Victoria's Secret reformula suas políticas de diversidade, eliminando metas de promoção para funcionários negros e adotando uma linguagem mais genérica. A mudança acompanha um movimento crescente de grandes empresas nos EUA, que se afastam de iniciativas voltadas à diversidade e inclusão.

Victoria's Secret anunciou mudanças em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), suspendendo a meta de promoção para funcionários negros e substituindo termos específicos por “pertencimento”.

A mudança foi comunicada pela CEO Hillary Super e exclui informações sobre diversidade em fornecedores do site da marca. Super assegurou que a empresa irá manter um ambiente inclusivo.

A Disney também se juntou a empresas como McDonald's, Amazon e Google, reduzindo programas de diversidade e anunciando mudanças nas representações em filmes clássicos. Essas ações refletem uma tendência crescente nos EUA, após a posse de Donald Trump, que criticou programas de DEI como “radicais”.

A Suprema Corte dos EUA declarou inconstitucional o uso de cotas em universidades em junho de 2023, gerando incertezas jurídicas até mesmo no setor privado. Estados como Alabama e Iowa já aprovaram leis proibindo projetos de DEI em instituições públicas.

Ativistas como Bill Ackman e Elon Musk criticam as iniciativas de diversidade, argumentando que promovem discriminação. Em 2023, um estudo indicou que 25% de empresas reduzem o foco em igualdade racial e de gênero.

A pressão dos acionistas e receios de danos à reputação têm levado empresas a reavaliar suas políticas. A expectativa é que a linguagem das iniciativas mude, priorizando “inclusão” em vez de diversidade.

Embora o cenário nos EUA esteja mudando, no Brasil, algumas empresas ainda se mantêm comprometidas com a DEI, em contraste com a tendência observada na América do Norte. Empresários brasileiros, como Luciano Hang, têm criticado agendas de diversidade.

Especialistas alertam que a interrupção dessas ações pode prejudicar o progresso em um futuro próximo, enquanto a pressão na Europa por práticas de ESG continua a crescer.

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