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O desgastante trabalho humano por trás do ChatGPT: 'Não é tão emocionante quando descobrimos o que envolve'

A autora Karen Hao analisa como o sucesso da OpenAI e outras empresas de IA está vinculado a relações de exploração econômica e ambiental. Seu livro "Empire of AI" revela os impactos ocultos da tecnologia, incluindo a precarização da mão de obra e a exploração de recursos naturais.

Entenda a crítica por trás do "impostor mágico" da OpenAI e do ChatGPT

A percepção da tecnologia de IA, como o ChatGPT, é vista como quase mágica, segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, que descreve seus produtos nesse tom.

No entanto, investigações apontam para realidades obscuras e exploração por trás desse sucesso. A autora Karen Hao, em seu livro Empire of AI, detalha impactos econômicos surgidos da OpenAI.

Com entrevistas diretas e dados, Hao destaca a demanda por data centers, a exploração de mão de obra precarizada e o consumo elevado de recursos hídricos e energia.

  • Trabalhadores de diferentes países, como Quênia e Colômbia, enfrentam jornadas desgastantes apenas para moderar conteúdo nocivo.
  • No lado político, a OpenAI cresceu com investimentos significativos e um secretismo que contradiz a imagem de transparência que se propõem.

A crescente demanda por data centers está associada à concentração de poder político e econômico, questionando o modelo de lucro atual.

Impactos ambientais e sociais: Hao revela que centros de dados consomem 20 vezes mais energia do que residências comuns e levantam preocupações quanto ao uso de água potável.

A resistência da comunidade a esses projetos pode gerar mudanças. Um exemplo é a rejeição à construção de um data center do Google no Chile devido à sobrecarga de recursos hídricos.

Por fim, a autora defende uma nova abordagem à IA, destacando que as tecnologias demandam decisões humanas. "IA não é 'inevitável', mas um produto de escolhas humanas," afirma Hao, reforçando a importância de regulação.

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