O destino da Orlando brasileira
O crescimento do turismo em Olímpia traz desafios significativos, como a necessidade de gerenciar a infraestrutura e os recursos naturais da cidade. A inauguração do aeroporto em 2026 pode intensificar esses problemas, refletindo também experiências de outros destinos turísticos no Brasil e no mundo.
Olímpia (SP), conhecida como a Orlando brasileira, tem atraído cada vez mais turistas, com quase 5 milhões de visitantes anuais, e espera acrescentar 1 milhão com a inauguração de um aeroporto em 2026.
Em comparação, o Brasil recebeu 6,7 milhões de visitantes internacionais em 2024. A viagem de carro de São Paulo leva cerca de 7 horas, o que torna o novo aeroporto uma iniciativa lógica para aumentar a atratividade da cidade.
Contudo, o crescimento é limitado e pode levar à chamada “feiura” do turismo, como problemas de muvuca, lixo, e saneamento básico. O crescimento excessivo traz consigo ciclos de feedback: um ciclo positivo inicial pode se transformar em um ciclo negativo, que limita o desenvolvimento.
A política muitas vezes foca nos benefícios de curto prazo, ignorando as consequências a longo prazo. Cidades como Guarujá e Paraty enfrentaram desafios semelhantes após acessos facilitados.
Um exemplo positivo vem das Ilhas Maldivas, que implementaram um tributo “verde” para controlar o turismo. Assim, é crucial que Olímpia e outros destinos aprendam com experiências passadas e adotem governança antecipatória.
Gramado, por exemplo, suspendeu alvarás para novas construções destinadas à locação rápida, reconhecendo os limites do seu crescimento e a necessidade de manter a qualidade de vida local.