O dia em que o serviço secreto da França afundou um navio do Greenpeace que protestava contra testes nucleares no Pacífico

40 anos do ataque ao Rainbow Warrior – O Greenpeace relembra o ataque ao seu navio, Rainbow Warrior, em 1985, que resultou na morte do fotógrafo *Fernando Pereira*.

Bunny McDiarmid, então marinheira, descreveu o navio como um símbolo de esperança e resistência. O Rainbow Warrior participava de protestos contra a matança de focas e a caça de baleias.

1985: Ano da ação – O Greenpeace se concentrou em protestos contra testes nucleares no Pacífico. A Operação Êxodo realocou a população de Rongelap, nas Ilhas Marshall, afetada por radiação.

O navio estava programado para partir em 11 de julho rumo à Polinésia Francesa. Na noite anterior, no entanto, duas explosões destruíram a embarcação no porto de Auckland.

Tragédia e investigação – *Fernando Pereira* foi encontrado morto; a polícia inicialmente suspeitou de uma explosão de gás, mas logo descobriu que houve detonações intencionais.

O governo da Nova Zelândia tratou o incidente como um homicídio e potencial terrorismo político. A investigação revelou que agentes secretos franceses haviam sido responsáveis pela operação, chamada Opération Satanique.

Consequências – Os culpados, Alain Mafart e Dominique Prieur, foram condenados a 10 anos, mas receberam tratamento de heróis ao serem repatriados. Em 1987, a França pagou US$ 8,2 milhões ao Greenpeace como indenização pelo ataque.

A operação não conteve os protestos; ao contrário, ajudou a solidificar o Greenpeace como uma principal voz ambientalista global. A luta contra os testes nucleares continuou até a assinatura de um tratado de proibição em 1998.

Bunny McDiarmid e outros membros da tripulação continuam a afirmar: "Não se pode afundar um arco-íris." O espírito do Rainbow Warrior permanece vivo.