O documento que pode definir os momentos finais da sua vida

Paciente com câncer cerebral e testamento vital

Um paciente terminal de câncer cerebral solicitou cuidados em casa, mas enfrentou resistência médica para evitar sua hospitalização. A esposa precisou lutar para que o desejo do marido fosse respeitado.

Testamento Vital

O testamento vital é um documento que permite a uma pessoa registrar suas preferências sobre cuidados médicos em situações de incapacidade. Desde a pandemia, o número de registros no Brasil cresceu embasado em suas vontades sobre cuidados de fim de vida.

Segundo a advogada Luciana Dadalto, tal documento é vital e deve ser elaborado em um cartório para garantir sua validade. Apesar da falta de legislação específica, a Jurisprudência e uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) asseguram que a vontade do paciente deve ser respeitada.

Aconselhamento na elaboração

Embora não haja regras específicas, Dadalto recomenda consultar um advogado para garantir a segurança jurídica do testamento vital. Profissionais de saúde ajudam a explicar as opções médicas envolvidas.

Papel dos médicos

Médicos, como o paliativista Rodolfo Morais, orientam os pacientes sobre suas preferências de tratamento. Este documento oferece alívio e segurança, pois permite que a vontade do paciente prevaleça.

Casos impactantes

A médica intensivista Sabrina Ribeiro compartilhou experiências mostrando como a vontade expressa em um prontuário médico e em testamentos vitais pode guiar as decisões da equipe médica. Ela também contou a história inspiradora de Frida, uma paciente que fez um testamento vital tocante, refletindo suas preferências e desejos finais.

O testamento vital, portanto, é essencial para garantir autonomia e dignidade nos momentos finais da vida.