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O duplo padrão do Brasil no caso Irã x Israel

Enquanto o governo Lula condena ataques à soberania do Irã, suas posições em relação a aliados incriminados levantam questionamentos sobre a consistência da política externa brasileira. A aparente incoerência nas reações às condenações de líderes latino-americanos e às ações de potências como Rússia e EUA revela um viés que pode comprometer a credibilidade do país no cenário internacional.

Lula condena ataque dos EUA ao Irã, reproduzindo nota do Ministério das Relações Exteriores, alegando violação da soberania e do direito internacional. Contudo, o governo tem comportamentos diferentes quando a lei impacta seus aliados, como na Rússia, Argentina e Peru.

A Ucrânia foi invadida pela Rússia em 2022, e Lula se posicionou como aliado dos russos, com declarações polêmicas e presença em eventos questionáveis com líderes autoritários.

No caso da Argentina, Lula manifestou solidariedade à ex-presidente Cristina Kirchner, condenada por corrupção. Na mesma linha, a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, recebeu asilo diplomático no Brasil após ser condenada por lavagem de dinheiro, exemplificando a atitude contraditória do governo.

Celso Amorim, conselheiro internacional de Lula, declarou que “acabou a ordem mundial”, sem abordar as contradições na política externa do Brasil. Há 20 anos, o país buscava mediar um acordo nuclear com o Irã, mas atualmente observa a situação como um espectador perplexo.

O caso do Irã apresenta complexidades, com debates sobre autodeterminação e a repressão interna do regime.

Os EUA, sob Donald Trump, seguem uma política agressiva, enquanto Israel enfrenta ataques armados. A abordagem do Brasil, marcada por antiamericanismo, tende a favorecer regimes autocráticos e teocracias, deixando em segundo plano princípios democráticos e direitos humanos.

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