O escândalo de corrupção que abala governo de Pedro Sánchez na Espanha em 4 pontos-chave

Crise no governo espanhol: O primeiro-ministro Pedro Sánchez enfrenta a pior crise de seu governo, devido a um esquema de corrupção envolvendo membros do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe).

Entre os envolvidos estão o ex-ministro dos Transportes e o número três do Psoe, Santos Cerdán, que renunciou a seus cargos. Todos negam acusações de corrupção e suborno relacionadas à concessão de contratos de obras públicas.

A investigação, chamada "Operação Delorme", aponta para um esquema que remonta à pandêmia de covid-19, vinculado à compra de máscaras com preços inflacionados e comissões ilegais. Políticos e empresários estão entre os 20 detidos, incluindo Koldo García, acusado de liderar o esquema.

O ex-ministro José Luis Ábalos e Cerdán são investigados por quatro delitos, incluindo tráfico de influências e suborno, e sua proximidade com García levanta suspeitas. Gravações indicam que eles discutiram a manipulação de resultados em eleições primárias em 2014.

Sánchez, após as revelações, se desculpou publicamente e descartou renunciar ou convocar eleições antecipadas, apesar do apelo da oposição. Ele anunciou uma auditoria das contas do Psoe para investigar o uso de recursos ilegais.

A coalizão de governo é precária, dependendo do apoio de partidos menores. O líder do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, pediu a demissão de Sánchez, levantando a possibilidade de uma coalizão de direita no futuro.

Sánchez também enfrenta investigações envolvendo sua esposa e seu irmão, complicando ainda mais a situação. Recentemente, a Procuradoria não encontrou evidências contra ele ou sua esposa. A instabilidade política pode impactar o apoio de suas alianças.