O Fed pode permanecer independente sob Trump?
Trump intensifica críticas ao Fed e ao presidente Jerome Powell, desafiando a independência da política monetária americana. Enquanto Lagarde elogia Powell em fórum europeu, a Casa Branca provoca apreensão nos investidores com rumores sobre um potencial substituto.
Christine Lagarde, presidenta do BCE, elogiou Jerome Powell no fórum anual, chamando-o de "banqueiro central corajoso".
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, criticou Powell em sua plataforma Truth Social, afirmando que ele "custou uma fortuna aos EUA" por não reduzir as taxas de juros.
A Casa Branca defende o direito de Trump de expressar preocupações sobre a política do Fed, que ele considera um obstáculo ao crescimento econômico.
Don Kohn, ex-vice-presidente do Fed, observa que a pressão de Trump para baixar as taxas é mais sobre reduzir os custos da dívida do que estimular a economia.
Trump compartilhou que a taxa de fundos federais estava "3 pontos muito alta", resultando em custos de refinanciamento de US$ 360 bilhões.
No fórum, Powell revelou que, se não fossem as tarifas de abril, o Fed já teria cortado as taxas novamente.
A tensão entre Trump e Powell aumentou, com Trump chamando Powell de "estúpido" e considerando demiti-lo ou nomear um "presidente-sombra" para o Fed.
A independência do Fed, respeitada historicamente, está sendo desafiada como nunca antes, o que prejudica a confiança do mercado.
Atualmente, tanto políticos quanto investidores estão cientes das pressões sobre a política monetária, o que pode complicar a escolha de um novo presidente do Fed por Trump.
Membros do FOMC podem apoiar cortes nas taxas se a inflação continuar baixa, apesar da pressão de Trump por cortes agressivos.
A seleção de um novo presidente do Fed por parte de Trump poderá enfrentar resistência no Senado, onde há um apoio forte pela independência do banco central.
Powell pretende permanecer no cargo até maio de 2026, e muitos acreditam que um sucessor pode não ceder à pressão política.
O foco de Powell está em controlar a inflação sem prejudicar o mercado de trabalho.