O fim da carteira de motorista
Brasil enfrenta aumento alarmante de mortes no trânsito, com erro humano como principal fator. A ascensão dos veículos autônomos levanta questões éticas sobre a continuidade da direção humana em meio a avanços tecnológicos que prometem salvar vidas.
Brasil registra mais de um milhão de acidentes de trânsito em 2022, resultando em mais de 33,8 mil mortes. Em 2023, foram 34.881 mortes, com um crescimento desde 2020. Quase 39% das vítimas eram motociclistas.
Em 2024, 3.291 mortes ocorreram em acidentes com caminhões e ônibus, um aumento de 26% em relação ao ano anterior.
Erro humano é a principal causa de acidentes, incluindo transitar na contramão e adormecer ao volante.
Enquanto isso, a Waymo (Google) atingiu a marca de 80 milhões de quilômetros rodados com veículos autônomos, sem acidentes fatais. A tecnologia utiliza sensores LiDAR, radar e inteligência artificial.
O processo operação dos veículos autônomos inclui:
- Percepção
- Processamento
- Planejamento
- Operação e controle
A questão ética emergente é se ainda é moralmente justificável permitir que humanos dirijam, considerando a segurança que a tecnologia pode oferecer.
A obsolescência da carteira de motorista terá profundas implicações sociais e econômicas. As autoescolas e departamentos de trânsito precisarão se reinventar, assim como a infraestrutura de sinalização.
Com a dominância dos veículos autônomos, a infraestrutura de fiscalização e as seguradoras também terão que mudar seus modelos de negócio.
Estacionamentos urbanos podem ser repensados e o espaço público redesenhado, priorizando pessoas em vez de máquinas.
A transição será gradual, com uma coexistência entre veículos autônomos e dirigidos por humanos, mas haverá resistência devido a questões de liberdade individual e desconfiança tecnológica.
Futuras gerações poderão se questionar como aceitamos que humanos controlassem veículos tão letais quando a tecnologia para garantir a segurança já estava disponível.