O impacto das tarifas de Trump ao Brasil por setores e empresas, na visão do mercado
Tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros provocam queda acentuada no Ibovespa e valorização do dólar. Analistas projetam impacto limitado no PIB, mas alertam para riscos de retaliações e afetar setores exportadores.
Ibovespa registra maior queda desde dezembro de 2022: 3,59%. Dólar sobe 2,28%.
Essa situação foi causada pela decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
Analistas avaliam impactos potenciais nas variáveis econômicas do Brasil, com cálculos iniciais indicando que a consequência pode ser mais controlada do que inicialmente suposto, devido à alta concentração de commodities nas exportações.
Os EUA representam 12% das exportações brasileiras, impactando 1,7% do PIB. Apesar da relevância, o BTG Pactual considera o impacto “relativamente baixo”.
- Expectativa do PIB cair menos de 0,2% devido às tarifas.
- Goldman Sachs prevê queda de 0,3 a 0,4 pontos no PIB.
Analistas alertam para riscos de possível retaliação brasileira, elevando a tensão da disputa comercial.
Empresas exportadoras mais vulneráveis:
- Embraer (EMBR3): 46% de receita vinculada aos EUA.
- Suzano (SUZB3): 19% de receita na América do Norte, maior parte ligada aos EUA.
- Minerva (BEEF3): 15% de receita associada ao mercado americano.
A WEG (WEGE3) deve sentir impactos limitados, com apenas 7% da receita exposta às tarifas.
Em setores como minerais e petróleo, os impactos são projetados como limitados, com a Petrobras (PETR4) tendo apenas 4% da exportação de petróleo direcionada aos EUA.
A expectativa é que as ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) mantenham-se estáveis ou com leves variações positivas após o anúncio de Trump.
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