O irlandês que sobreviveu a queda de 200 metros em vulcão na Indonésia onde morreu Juliana Marins
Irlandês sobrevive a queda de 200 metros em trilha e reflete sobre a própria vida. Apesar do susto, ele pretende enfrentar novos desafios nas montanhas com mais cautela.
O irlandês Paul Farrell, de 32 anos, passou por uma experiência semelhante à da brasileira Juliana Marins, que morreu em um acidente na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia.
No ano passado, durante a mesma trilha, Farrell caiu cerca de 200 metros após um deslizamento de terreno. Ele descreveu a dificuldade do trajeto: "o chão é arenoso e você pode afundar os pés".
Após chegar ao topo, ao tentar limpar os tênis, uma rajada de vento fez suas luvas voarem, provocando sua queda. Ele entrou em um modo sobrevivência, com a adrenalina a mil, e percebeu que poderia morrer.
Farrell encontrou uma rocha e conseguiu frear a descida. Ele ficou preso por cinco a seis horas, aguardando resgate, enquanto a única testemunha, uma mulher francesa, buscou ajuda.
Ele descreveu a experiência como aterrorizante e desejou ser resgatado com pelo menos alguns ossos quebrados. A equipe de resgate o retirou do local durante uma operação que também visava outra vítima.
Após ser resgatado, o irlandês sentiu um alívio absoluto e se declarou grato. Farrell, que ama esportes radicais, comentou a importância de aumentar a segurança nas trilhas indonésias, considerando a situação econômica do país.
Ele sugere melhorias, como mais guias e aumento de taxas para manutenção das trilhas. Apesar do susto, Farrell continuaria a fazer trilhas, agora com mais cautela, refletindo sobre a vida após a experiência quase fatal.
“Minha conexão com Deus está muito melhor. Agora, tento viver alinhado aos meus valores centrais”, conclui.