O longo desvio de rota de navios cargueiros para escapar de ataques no Mar Vermelho
Aumento de ataques de houthis ao comércio marítimo no Mar Vermelho levanta preocupações sobre segurança e logística. Empresas enfrentam dilemas financeiros e ambientais ao redirecionar rotas para evitar a zona de conflito.
Drone ataca navio: O MV Genco Picardy, um navio de carga americano, foi atingido por militantes houthis em 17 de janeiro. O ataque destaca a crescente periculosidade do Mar Vermelho, em uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.
Atacantes: Os houthis, apoiados pelo Irã, atacam embarcações na região do estreito de Bab al-Mandab. Eles afirmam mirar navios ligados a Israel, porém muitas embarcações não têm conexão com o país. Estão utilizando mísseis, drones e sequestradores fortemente armados.
Aumento de riscos: O cenário trouxe preocupações para governos e comércio naval. Um recente ataque a um navio-tanque deixou horas de incêndios no Golfo de Áden. Em janeiro, pelo menos 300 navios entraram na zona de conflito, com 15 a 25 pessoas a bordo, em um cenário comparado a “um ônibus em uma zona de guerra”.
Comércio em risco: Estima-se que 12% do comércio global, equivalente a US$ 1 trilhão, passe pelo Mar Vermelho anualmente. Muitas empresas estão evitando a região, preferindo rotas mais longas, o que encarece o transporte e aumenta riscos logísticos.
Consequências financeiras: Desviar o trajeto em torno do Cabo da Boa Esperança pode aumentar cada viagem em 6.500 km e em até US$ 1 milhão em custos adicionais. A busca por portos alternativos e o ajuste de cronogramas também complicam a logística.
Segurança e economia: As seguradoras estão elevando prêmios devido ao risco, e o atraso no fornecimento de produtos valiosos pode ser impactante. A crise do Mar Vermelho pode afetar a economia global, elevando preços e atrasando produtos.
Estudos e adaptabilidade: Especialistas como Anna Nagurney analisam comparações com a adaptação da Ucrânia às ameaças no Mar Negro. Embora o redirecionamento de navios traga consequências, a resiliência das cadeias de fornecimento é notável.
Duração da crise: Especialistas projetam que a situação no Mar Vermelho pode se estender por meses. O impacto ambiental também é uma preocupação, com mais emissões de carbono devido ao desvio dos cursos marítimos.
Conclusão: A investida dos houthis representa uma séria ameaça ao comércio global e à segurança dos marinheiros, mas não resultará na destruição total das cadeias de fornecimento.