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O metabolismo geopolítico dos minerais estratégicos para a transição energética

Discussões sobre a transição energética e o papel dos minerais estratégicos dominam evento internacional. A complexa relação entre poder geopolítico e recursos naturais é central para a segurança energética global.

Evento em Londres aborda transição energética

O Chatham House em Londres sediou um evento focado na transição energética, destacando a importância dos minerais estratégicos para a economia digital e a eletrificação.

Debates ressaltaram o papel crítico desses minerais na segurança e resiliência energética global e as relações de poder geopolítico que moldam o acesso a eles.

As discussões foram divididas em quatro categorias metabólicas:

  • Domínio territorial: Exercício do poder para garantir territorialidade rica em minerais, como no conflito Rússia-Ucrânia e interesses dos EUA na Groenlândia.
  • Operações comerciais geopolíticas: Vínculos financeiros entre países, destacando a atuação da China na África.
  • Estratégias tarifárias: Impacto das tarifas no comércio internacional.
  • Operações comerciais tradicionais: Envolvimento de grandes empresas privadas.

Além disso, citou-se a troca entre setores de mineração e segurança militar, ressaltando a importância dos minerais críticos na indústria bélica.

A escalada de conflitos, especialmente entre a Rússia e nações balcânicas e africanas, ilustra como essas relações são moldadas por fragilidades locais, corrupção e desestabilização política.

No contexto brasileiro, embora a disputa pela terra entre segurança alimentar e mineral não seja crítica, os conflitos sociais em relação a comunidades tradicionais são crescentes.

A discussão aponta para a necessidade de regulações globais e standards socioambientais para garantir a justiça na exploração de recursos naturais.

O evento também considerou a relevância da circularidade e do reuso de minerais, destacando avanços e desafios na gestão de emissões e recuperação ambiental.

Por fim, preocupações foram levantadas sobre a posição do Brasil nas dinâmicas geopolíticas, assim como sua capacidade de integrar valor a seus recursos naturais, refletindo sobre o soft power necessário para navegar esses desafios.

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