O mistério do líder tibetano de 6 anos que desapareceu
Tibetanos realizam eventos em lembrança ao jovem líder espiritual desaparecido há 30 anos. A busca por Gedhun Choekyi Nyima continua, enquanto a China mantém silêncio sobre seu paradeiro.
30º Aniversário do Desaparecimento do Panchen Lama - Neste sábado (17/05), tibetanos ao redor do mundo lembram o desaparecimento de Gedhun Choekyi Nyima, reconhecido como Panchen Lama pelo Dalai Lama em 14 de maio de 1995. O garoto, que tinha apenas 6 anos, desapareceu três dias depois e nunca mais foi visto.
As autoridades chinesas afirmam saber seu paradeiro, mas as informações são escassas. Hoje, Nyima teria 36 anos. Recentemente, a embaixada chinesa afirmou que ele leva uma vida normal e pediu que sua situação não fosse explorada pela imprensa.
Grupos de direitos humanos caracterizam Nyima como "o prisioneiro político mais jovem do mundo" e apoiam os apelos por sua libertação. O Tibete é governado como uma região autônoma da China, onde a liberdade cultural e religiosa é reprimida.
Após a morte do 10º Panchen Lama, em 1989, começou a busca por sua reencarnação. O governo chinês escolheu seu próprio candidato, Gyaltsen Norbu, que não tem apoio popular e é chamado de "Panchen falso".
Na visão budista tibetana, Panchen Lama é crucial para reconhecer a reencarnação de Dalai Lama. A desaparição de Nyima é vista como uma tentativa da China de controlar o budismo tibetano.
Desde seu desaparecimento, as respostas do governo chinês foram evasivas. Há uma esperança tenue entre os tibetanos de que ele ainda esteja vivo. Protestos e orações continuam em comunidades tibetanas, enfatizando a importância de Nyima como símbolo de resistência e esperança para o futuro do Tibete.
Conclusão: A busca e o apelo pela libertação de Panchen Lama permanecem vivos após 30 anos de incertezas.