O misterioso assassinato de Roberto Calvi, o 'banqueiro de Deus' que foi encontrado enforcado em uma ponte de Londres
A morte de Roberto Calvi, o "banqueiro de Deus", permanece envolta em mistério e intriga, resultando em escândalos políticos e financeiros. Envolvido em tramas que ligam o Vaticano, a máfia e fraudes internacionais, seu assassinato levanta perguntas sem resposta até hoje.
Morte de Roberto Calvi: Um Mistério Persiste
Há 43 anos, a BBC reportava a morte de Roberto Calvi, banqueiro italiano encontrado em circunstâncias estranhas em Londres. Calvi, presidente do Banco Ambrosiano, tinha conexões com o Vaticano, a maçonaria e a máfia.
No dia 18 de junho de 1982, seu corpo foi encontrado enforcado sob a ponte de Blackfriars. Desaparecido por nove dias, ele carregava US$ 14 mil e um passaporte falso. O laudo forense inicial não encontrou sinais de crime, mas suspeitas de assassinato logo surgiram.
Calvi havia planejado uma fuga elaborada da Itália, possuindo documentos e um aluguel em Londres. Um dia antes de sua morte, sua secretária pulou do prédio do banco, deixando um bilhete contra ele.
Com vínculos estreitos ao IOR, banco do Vaticano, Calvi operava em um contexto de fraudes e escândalos políticos. O IOR não era supervisionado pelo sistema bancário italiano, permitindo transferências secretas.
Calvi tinha relações com o banqueiro da máfia Michele Sindona, e ambos pertenciam à loja maçônica Propaganda Dois (P2), envolvida em corrupção e escândalos políticos.
Após a falência do Banco Ambrosiano, US$ 1,5 bilhão desapareceram, supostamente enviados ao exterior. A família de Calvi não aceitou a conclusão de suicídio. Em 2002, a corte italiana declarou que ele havia sido assassinado, mas as investigações resultaram em absolvições.
Ninguém foi condenado pelo assassinato de Calvi, e o mistério sobre sua morte continua.