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O morango do amor e a qualidade na fruticultura

A viralização do morango do amor está transformando o mercado de fruticultura, gerando enorme demanda e crescimento exponencial de lojas que vendem a iguaria. Contudo, a qualidade das frutas é um desafio que produtores e comerciantes precisam enfrentar para atender às expectativas dos consumidores.

Fenômeno do e-commerce: O “morango do amor” viralizou nas redes sociais, impulsionando a fruticultura.

Em julho, o iFood registrou um crescimento de 2.300% nas vendas, saltando de 11.000 para 275 mil pedidos. Foram vendidas 524 mil unidades, superior ao total do ano passado.

De 830 lojas em junho, o número passou para mais de 10.300 em julho. A demanda é alta, mas será que a produção acompanhará?

Atibaia (SP) é a capital nacional do morango, mas Minas Gerais, especialmente Pouso Alegre, é a maior produtora. O Brasil é o 9º maior produtor mundial, com 2,1% da produção global.

O desafio: garantir a qualidade dos morangos, especialmente para o morango do amor, que exige frutas bem selecionadas.

Historicamente, as caixas de morango não seguem boas normas de padronização, levando a reclamações de consumidores sobre a qualidade das frutas. Em 1997, um selo de qualidade foi criado para padronizar e certificar as frutas.

Embora o programa tenha reunido 300 fruticultores, a resistência do mercado foi alta, e a padronização tornou-se um desafio.

A descontinuidade gerencial após a saída do governo prejudicou a implementação das melhorias. Após 28 anos, os problemas de padronização persiste.

A crescente demanda pelo morango do amor ressalta a necessidade de investir na qualidade e padronização no e-commerce e no mercado físico.

Para quem deseja entrar na produção, a colheita leva de 60 a 80 dias, com foco na qualidade sendo fundamental. O momento é de otimismo, apesar das incertezas do agro.

Um morango do amor pode ser um ótimo presente, até mesmo para políticos, trazendo um pouco de doçura em tempos complicados.

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