O negócio crescente e lucrativo de produtos devolvidos pelos consumidores
O crescimento das devoluções gera oportunidades para a ReturnPro, que recondiciona produtos e os revende. A logística reversa se torna uma alternativa estratégica para varejistas diante da guerra tarifária e da diminuição de estoques.
Recente atividade em armazém da ReturnPro em Fort Worth destaca o crescente setor de logística reversa, com produtos como eletrônicos e utensílios sendo devolvidos por varejistas como Walmart e JCPenney.
A ReturnPro, com uma dúzia de armazéns, se especializa em separar, limpar e reembalar itens, vendendo-os em plataformas online a consumidores e atacadistas. O cenário atual, agravado pela guerra tarifária de Donald Trump, aumenta a demanda por produtos recondicionados.
Com menos mercadorias vindo da China, varejistas enfrentam a necessidade de reduzir estoques e buscar alternativas, como a ReturnPro, que processa 259 categorias de produtos devolvidos, potencialmente gerando lucro significativo.
Diariamente, a ReturnPro lista mais de 500 mil itens para venda, incluindo produtos de marcas famosas. A empresa espera movimentar 67 milhões de unidades este ano e cresce em um mercado onde US$ 890 bilhões em produtos foram devolvidos no último ano.
Segundo Sender Shamiss, diretor-executivo da ReturnPro, a incerteza econômica levou os varejistas a reavaliar estoques e estratégias de preços. Os consumidores estão cada vez mais confortáveis com produtos recondicionados devido a experiências passadas como a pandemia.
As devoluções são impulsionadas por uma variedade de motivos, incluindo arrependimento e mudanças de preferência. Aproximadamente 15% das devoluções são fraudulentas, o que representa um desafio adicional.
A ReturnPro busca vender produtos rapidamente, com uma meta de 60 dias para itens em seus armazéns, destacando que, apesar das dificuldades econômicas, o mercado de produtos recondicionados continua forte, evidenciando que “os retornos não vão desaparecer tão cedo.”