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O 'Plan Platita' de Lula

Governos de Argentina e Brasil repetem estratégias eleitorais ao promover reduções no Imposto de Renda. Medidas populistas podem trazer alívio temporário, mas comprometem a saúde fiscal a longo prazo.

Efeito Orloff retorna à discussão com a comparação entre os planos eleitoreiros de Sérgio Massa na Argentina e de Lula no Brasil. Na Argentina, Massa aumentou o mínimo no imponible do Imposto de Renda, reduzindo a base de contribuintes, mas bombeando a demanda antes das eleições. Após a eleição, o novo governo reverteu a medida.

No Brasil, Lula também pretende aumentar o limite de isenção do IR de forma similar para angariar votos, embora com uma compensação prevista. Contudo, essa proposta gera dois problemas principais:

  • Queima de uma boa ideia: O imposto de renda mínimo deveria ser parte de um esforço sério de redução do déficit e não uma solução temporária.
  • Perda de receita: A aprovação da redução de impostos é garantida, mas a compensação tributária da proposta pode não arrecadar o esperado.

Adicionalmente, há um equívoco pedagógico ao tratar quem ganha R$ 5 mil como pobre. Isso distorce a noção de renda e incentiva uma cultura de populismo para vencer eleições, promovendo a ideia de que não se deve pagar impostos. Essa perspectiva é preocupante e constrangedora.

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