O prisioneiro de guerra de 95 anos forçado a viver na Coreia do Sul e que busca voltar para a Coreia do Norte para morrer
Ahn Hak-sop, ex-prisioneiro de guerra norte-coreano, tenta retornar à sua terra natal aos 95 anos, mas é impedido pelo governo sul-coreano. Sua vida é marcada por convicções inabaláveis sobre a reunificação da Coreia e críticas ao imperialismo dos Estados Unidos.
Multidão se reúne em Seul em torno de Ahn Hak-sop, um ex-prisioneiro de guerra norte-coreano de 95 anos.
Ahn busca retornar ao Norte para ser enterrado em sua terra natal após viver a maior parte de sua vida na Coreia do Sul.
Ele não conseguiu atravessar a fronteira devido à falta de trâmites concluídos pelo governo sul-coreano.
Debilitado por um edema pulmonar, Ahn caminhou cerca de 200 metros, portando uma bandeira norte-coreana.
Emocionado, declarou: "Só quero que meu corpo descanse em uma terra verdadeiramente independente".
A trajetória de Ahn:
- Capturado aos 23 anos durante a Guerra da Coreia.
- Liberado após 42 anos devido a um indulto especial.
- Enfrentou dificuldades sociais e profissionais na Coreia do Sul.
- Recusou voltar ao Norte em 2000, temendo beneficiar os EUA.
Ahn permanece convencido de que a reunificação é obstruída por “imperialistas americanos” e um governo sul-coreano que lhes deve muito.
O passado de Ahn:
- Nascido em 1930 sob domínio japonês, sentiu o patriotismo desde jovem.
- Acreditem que o Sul provocou a Guerra da Coreia.
- Negou renunciar ao comunismo, suportando torturas e humilhações.
Embora o Norte tenha mudado, Ahn defende o regime e critica as narrativas sobre seu estado.
Ele prosseguirá a luta contra o que considera colonização americana, não desejando ser enterrado sob esse domínio.
Com informações adicionais de Jungmin Choi.