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O quão próximo o Irã está de ter uma arma nuclear?

Irã avança em tecnologia nuclear, gerando tensões regionais com Israel. A escalada de ataques e a possibilidade de um conflito aberto aumentam as preocupações sobre a segurança global e o controle de armamentos nucleares.

Irã é considerado um estado limiar nuclear, com capacidade de fabricar de cinco a nove bombas atômicas em até duas semanas, conforme estimativas do Iran Watch e do Institute for Science and International Security (ISIS). O urânio enriquecido a 60% está próximo do nível militar de 90%, mas não há confirmação de montagem de armamentos.

O processo de weaponização enfrenta gargalos técnicos, com prazos que variam entre meses e dois anos para uma arma nuclear funcional. Relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) indicam testes de implosão nuclear não declarados, elevando a preocupação sobre a violação de acordos internacionais.

A tensão entre Irã e Israel é crescente, com bombardeios israelenses a instalações nucleares e militares iranianas, e ataques iranianos a alvos israelenses. Estima-se que entre 430 e 657 pessoas tenham morrido no Irã, e pelo menos 24 em Israel.

Tentativas diplomáticas fracassaram, e os EUA avaliam intervenção militar. O presidente Trump estabeleceu um prazo de duas semanas para considerar ações, incluindo ataques a Fordow. A situação humanitária é crítica, com milhões de israelenses buscando abrigo e vítimas civis no Irã aumentando.

Israel é uma potência nuclear consolidada, com cerca de 90 ogivas nucleares e um sistema de lançamento diversificado (aeronaves, mísseis balísticos e de cruzeiro). O país moderniza continuamente sua infraestrutura nuclear para manter a supremacia regional.

No campo global, os EUA e a Rússia controlam aproximadamente 88% do arsenal nuclear. O Brasil, que não possui armas nucleares, tem a capacidade técnica de desenvolvê-las, mas mantém um compromisso firme com a não proliferação nuclear e participa ativamente de acordos internacionais para evitar a disseminação nuclear.

A verificação dos arsenais nucleares é um desafio global. A IAEA supervisiona atividades nucleares, mas a eficácia de tratados como o New START depende da disposição das potências nucleares em permitir inspeções. Novas tecnologias e parcerias buscam melhorar a transparência e o controle sobre armas nucleares, mas o crescimento de arsenais táticos complica os esforços de desarmamento.

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