O que aconteceu com a cruz em que Jesus morreu?
Historiadores discutem a autenticidade das relíquias cristãs que alegam ser partes da "verdadeira cruz". A busca por conexão física com Jesus Cristo impulsionou a disseminação de fragmentos em templos ao redor do mundo.
Jesus de Nazaré foi crucificado por Pôncio Pilatos, fato central nas celebrações da S Semana Santa.
A cruz se tornou símbolo do Cristianismo, mas sua originalidade é questionada.
Historiadores mencionam a "verdadeira cruz", com muitas igrejas alegando ter fragmentos dela. A lenda da "verdadeira cruz" surgiu por volta do século 4, quando Helena, mãe do imperador Constantino, teria encontrado a cruz em Jerusalém.
Historiadores como Candida Moss e Mark Goodacre afirmam que a autenticidade dessas relíquias é duvidosa, devido à possibilidade de reutilização da madeira por romanos.
A busca por relíquias, originada no culto aos mártires, cresceu no cristianismo entre os séculos 3 e 4. Fragmentos da cruz começaram a ser espalhados, e muitos locais, como a Basílica de Santa Cruz em Roma e várias catedrais na Itália, reclamam ter parte da cruz.
Estudos apontam que, se reunidos todos os fragmentos, seria possível restaurar apenas 50% do tronco original da cruz. A possibilidade de verificar a origem dos fragmentos é remota, devido a custos e à natureza destrutiva das análises.
Pesquisas recentes não encontram evidências de que a cruz encontrada por Helena seja a verdadeira. A terminologia usada para "cruz" também pode se referir a outros tipos de madeira e tortura.
A veracidade da cruz original é um tema cercado de fé e dúvida.