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'O que aprendi ao viver um ano sozinho com um gato em uma ilha remota'

Bob Kull, aos 79 anos, compartilha sua experiência de um ano vivendo em isolamento na Patagônia chilena. Enfrentando desafios extremos, ele reflete sobre a solidão e as lições que aprendeu sobre si mesmo.

Bob Kull, um americano, enfrentou extremo frio e solidão na Patagônia chilena em 2001, enquanto buscava entender a vida isolada.

Ele precisou extrair um dente devido a um abscesso, sem acesso a assistência médica. Após consultar sua amiga Patty, enfermeira, seguiu seu conselho de amarrar o dente e puxá-lo usando a mesa.

A experiência foi significativa. Para Kull, a solidão o forçou a enfrentar medos e descobrir seu potencial. "Muitas vezes, ignoramos o que somos capazes de fazer", disse ele.

Hoje com 79 anos, Kull cresceu na pobreza na Califórnia. Desde jovem, buscava a solidão como um refúgio. Sua infância, marcada por uma vida familiar complicada, despertou seu amor pela natureza.

No norte do Canadá, Kull enfrentou uma experiência aterrorizante com um urso e uma rendição espiritual que moldou sua vida.

Após um acidente que resultou na amputação de uma perna, ele decidiu explorar a biologia e psicologia, culminando em sua expedição à Patagônia, onde passou um ano no arquipélago de Última Esperança.

Kull lidou com condições severas, construindo sua cabana e sobrevivendo em isolamento. A solidão trouxe-lhe profundas lições sobre aceitação e equanimidade. Ele aprendeu que não pode controlar as circunstâncias externas, mas pode adaptar sua perspectiva interna.

No final do ano, quando resgatado por Patty, Kull percebeu que a ilha se tornara um lar para ele. Atualmente, ainda busca períodos de solidão, acampando um mês por ano em locais remotos.

Ele se recusa a revelar a localização de seu lago favorito, desejando preservar sua tranquilidade.

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