O que Bolsonaro fez para tentar se reeleger tem que ser caracterizado como improbidade, diz Haddad
Haddad critica gestão fiscal do ex-presidente Bolsonaro e destaca impropriedades nos gastos públicos. Ministros avaliam impactos das tentativas de golpe e inflação de alimentos no país.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o último ano de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de "ano de uma pessoa 100% improba", devido aos gastos feitos visando a reeleição.
Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, Haddad afirmou que as ações de Bolsonaro nas finanças públicas devem ser caracterizadas como improbidade. Ele destacou: "Não dá para uma pessoa fazer aquilo e passar incólume".
Essa declaração foi uma resposta ao questionamento sobre o início do julgamento da denúncia contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se o ex-presidente se tornará réu pela tentativa de golpe de Estado.
Embora não tenha lido o processo, Haddad mencionou que há informações de que é um "processo bem fundamentado" e que as provas parecem ser robustas.
O ministro também expressou sua crença de que integrantes do governo Bolsonaro teriam implementado o plano de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que estaríamos "sob uma ditadura" caso a tentativa de golpe tivesse sido bem-sucedida.
Na mesma entrevista, Haddad abordou a inflação, mencionando que os preços dos alimentos devem se acomodar ao longo do ano, mas alertou sobre itens como café e ovo, que requerem atenção. Ele informou que estudos estão sendo realizados para definir ações sobre esses produtos.