O que deu errado com a BP, que foi de predadora da indústria de petróleo a presa?
A BP enfrenta um cenário desafiador com a pressão de acionistas para desinvestimentos e um histórico recente conturbado. A possibilidade de uma aquisição pela Shell levanta questionamentos sobre o futuro da gigante energética britânica.
A BP enfrenta pressão por sua performance fraca, com especulações sobre uma possível aquisição. Acionistas ativistas exigem que a empresa venda ativos para levantar capital.
Na quinta-feira (26), a Shell negou rumores de fusão entre as duas gigantes do setor. A BP busca aumentar seu atrativo aos investidores com cortes de custos e foco nas operações de petróleo e gás.
Historicamente, a BP foi inovadora, mas enfrenta desafios recentes, incluindo a queda do valor de suas ações e um legado de desastres, como a tragédia da Deepwater Horizon em 2010.
O CEO Bernard Looney, que saiu em 2023, estava implementando uma transição para energia limpa, mas seu plano foi impactado por preços de petróleo em alta e dificuldades nos projetos renováveis.
A BP também teve perdas significativas em sua participação na Rosneft, após a invasão da Ucrânia em 2022. Seu sucessor, Murray Auchincloss, enfrenta desconfiança dos investidores quanto a uma mudança verdadeira.
Análises recentes indicam que a BP está sem uma estratégia claramente definida e pode ser vista como um alvo de aquisição devido à sua desvalorização no mercado.
Embora a Shell descarta fazer uma oferta por enquanto, uma fusão entre as duas empresas poderia criar uma gigante no setor energético global.
Wael Sawan, CEO da Shell, reforçou o foco em recompras de ações, considerando-as uma prioridade em vez de aquisições por agora.