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O que diz a lei do século 18 que Trump usou para deportar venezuelanos para El Salvador

Trump utiliza a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 para deportar venezuelanos, acusados sem provas de ligação com o Tren de Aragua. A aplicação da lei, criticada por constitucionalistas, ignora ordens judiciais e restringe o devido processo legal para imigrantes.

Mais de 200 venezuelanos foram deportados dos EUA para uma cela no Centro de Confinamento do Terrorismo em El Salvador após a acusação, sem provas, de ligação com o Tren de Aragua.

A deportação foi realizada com base na Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, que permite ao presidente ordenar a detenção e expulsão de cidadãos de países em conflito com os EUA. Essa lei foi invocada por Trump, ignorando a ordem de um juiz que suspendeu as expulsões.

A lei foi criada para prevenir espionagem durante a guerra com a França e tem sido utilizada em momentos históricos como as guerras mundiais. Na Primeira Guerra, mais de 6 mil "estrangeiros inimigos" foram detidos, e mais de 30 mil no conflito seguinte.

Trump alegou que o Tren de Aragua representa uma "invasão" aos EUA, justificando a detenção de todos os venezuelanos com mais de 14 anos, sem a necessidade de provas. Especialistas destacam que a lei permite deportações rápidas, desconsiderando o devido processo legal.

Nem os deportados foram identificados, nem as acusações de ligação com o Tren de Aragua foram comprovadas. O governo venezuelano afirmou que nenhum dos deportados tinha ligação com a organização criminosa.

A utilização dessa lei gerou polêmica e críticas, com organizações argumentando que se trata de um abuso de poder que ameaça direitos legais. Desde a reeleição de Trump em janeiro, o número de detenções aumentou, com uma parte significativa envolvendo migrantes legais e sem antecedentes criminais.

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