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O que é o Dia da Vitória, que vai ser celebrado em Moscou com presença de Lula

Lula da Silva se junta às celebrações que exaltam a resistência e os sacrifícios do povo russo durante a 2ª Guerra Mundial. A participação do presidente brasileiro reflete a importância política e simbólica do Dia da Vitória para o Kremlin.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quinta-feira (9/5), das celebrações do Dia da Vitória em Moscou, a convite do presidente russo Vladimir Putin.

Esse dia marca a rendição da Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial. É um evento simbólico no calendário russo, celebrado a partir de 9 de maio para destacar a rendição incondicional alemã ocorrida na noite de 8 de maio de 1945.

Curiosidades:

  • A data é comemorada com desfiles militares, especialmente na Praça Vermelha desde 2008, sob Putin.
  • Representa não apenas um evento histórico, mas um pilar de legitimação política para o Kremlin.
  • Vinte e sete milhões de soviéticos morreram na Grande Guerra Patriótica.

A comemoração enfatiza a coragem e resiliência do povo russo. Segundo o historiador Sergey Radchenko, o governo usa o Dia da Vitória para reforçar a ideia de que a Rússia é uma nação poderosa. A propaganda atual inclui a narrativa de que a Rússia está lutando contra o nazismo na Ucrânia, associada à invasão sob o pretexto de "desnazificação".

Controvérsias cercam essa alegação, considerando que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky é judeu e tem laços familiares com o Holocausto.

O evento anual em Moscou tem crescido em importância, servindo como plataforma para o Kremlin projetar sua narrativa internacionalmente e fortalecer o patriotismo em tempos de guerra. Este ano, Lula marcará presença, destacando aliados da Rússia no cenário global.

Além de Moscou, as celebrações ocorrem em várias cidades, com mini desfiles e eventos educacionais que promovem a história russa como salvadora da Europa. Mesmo com a redução da audiência entre os mais jovens, muitos veem o desfile como um ritual anual.

Entretanto, a pesquisadora Gulnaz Sharafutdinova alerta que, com os desafios atuais da guerra na Ucrânia, o Kremlin deve ter cuidado com as exibições de força para evitar descrença pública.

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