O que está por trás dos carros elétricos 'baratos' da China, que estão tomando o mercado global
O carro elétrico Dolphin Surf da BYD, que se destaca por seu preço acessível, chega ao mercado europeu em meio a um cenário de crescente concorrência das montadoras chinesas. Com uma estratégia agressiva de expansão, a BYD mira ser líder no Reino Unido em menos de uma década, desafiando as marcas tradicionais do setor.
O pequeno carro urbanóide chamado Seagull (gaivota) na China, foi lançado como Dolphin Surf na Europa, onde será vendido por cerca de £18 mil (R$ 135 mil). Seu forte desempenho na China desde 2023 e expansão na Europa preocupam marcas tradicionais.
A BYD, fabricante do Dolphin Surf, tornou-se a maior vendedora de veículos elétricos (EV) do mundo ao ultrapassar a Tesla em 2024. A empresa busca conquistar o mercado britânico nos próximos 10 anos.
A crescente presença das marcas chinesas, como Nio, Xpeng e Zeekr, representa um desafio significativo para montadoras tradicionais da Europa, que enfrentam uma forte concorrência e a pressão de tarifas de importação elevadas, especialmente nos EUA e na União Europeia.
Vendas mundiais de EVs superaram 17 milhões em 2024, com 11 milhões apenas na China, onde marcas locais representam 10% das vendas fora do país. A expectativa é de que esse número cresça com a chegada de veículos de qualidade a preços acessíveis.
Apesar das vantagens, preocupações com segurança cibernética emergem sobre veículos chineses, gerando debates sobre potenciais riscos de hackers e espionagem. A China nega qualquer acusação nesse sentido, e especialistas sugerem que o risco pode ser mitigado.
A Renault está se adaptando às novas demandas do mercado, modernizando suas fábricas e lançando veículos como o Renault 5 E-tech, que combina tradição e inovação. A competição acirrada exige que os fabricantes europeus se atualizem rapidamente para não ficarem para trás.
A realidade é que a presença do setor automotivo chinês está se consolidando globalmente, e a necessidade de integração com tecnologias chinesas é inegável, seja para cumprir metas climáticas ou para atender a demandas industriais.