O que explica a disparada de BPAC11 após o resultado do 2º trimestre

Unidades do BTG Pactual (BPAC11) têm alta de 12,42% nesta terça-feira (12), alcançando R$ 44,99 às 15h14. Esse movimento impulsiona o Ibovespa acima dos 138.000 pontos, o maior nível desde maio.

A alta reflete a avaliação do mercado sobre o desempenho do banco, que superou expectativas em praticamente todos os negócios. O lucro líquido ajustado foi de R$ 4,2 bilhões, com um ROE de 27,1%, mas as reações vão além desses números.

Analistas apontam que a surpresa positiva veio da força em áreas voláteis, como Sales & Trading e Investment Banking, e da consistência em segmentos estáveis, como crédito corporativo e gestão de fortunas.

Dados do Itaú BBA indicam um resultado cerca de 15% acima do consenso. A receita total cresceu 21% em comparação ao primeiro trimestre, com recordes em Investment Banking (+106%) e Sales & Trading (+46%). A Wealth Management também teve alta de 18% com a consolidação da Julius Baer.

O Bradesco BBI destacou um aumento de 38,5% na receita em 12 meses, totalizando R$ 8,3 bilhões, superando projeções. A eficiência do banco melhorou para 35,6%, fortalecendo a tese de valorização.

O Morgan Stanley observou que a amplitude dos bons resultados neste trimestre foi um diferencial em relação a anos anteriores. A administração ainda se mostra confiante em um ROE de 24% ou mais até 2025.

A geração de R$ 59 bilhões em captação líquida orgânica no trimestre, com R$ 28 bilhões em gestão de ativos e R$ 31 bilhões em gestão de fortunas, sinaliza um ganho de participação de mercado.

Apesar das surpresas virem de áreas mais sensíveis ao mercado, analistas ressaltam o mérito dos resultados. Itaú BBA, Morgan Stanley e Bradesco BBI mantêm recomendação de compra para BPAC11, com alvos entre R$ 44 a R$ 48 por unit, destacando a execução consistente e diversificação de receitas.