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O que faz Santa Catarina liderar migração de brasileiros

Santa Catarina se destaca como o principal destino de migração interna no Brasil, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro enfrentam pela primeira vez saldos migratórios negativos. Mudanças econômicas e de qualidade de vida têm influenciado o movimento populacional no país nos últimos cinco anos.

Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram, pela primeira vez, saldos migratórios negativos no Censo 2022, segundo dados do IBGE divulgados em 27 de outubro.

Santa Catarina liderou o ranking nacional com um ganho populacional de 354.350 pessoas, equivalente a 4,66% da sua população total.

Atualmente, cerca de 29 milhões de brasileiros vivem em estados diferentes de sua origem, representando 13,8% da população.

A mudança na dinâmica migratória é notável. O economista Vitor Tartari ilustra a situação: após 20 anos em Bragança Paulista, mudou-se para Florianópolis em busca de qualidade de vida, destacando o equilíbrio entre infraestrutura e bem-estar.

A professora Rosana Baeninger aponta que o estado se destaca devido à forte presença de frigoríficos e atividades do setor terciário, atraindo migrantes.

São Paulo, que abrigava 8,6 milhões de migrantes, teve um saldo negativo de 90 mil pessoas, com mais saindo do que chegando entre 2017 e 2022.

A experiência caótica e o aumento do custo de vida foram fatores que contribuíram para essa mudança, segundo o demógrafo José Eustáquio Alves.

O Rio de Janeiro teve a maior perda populacional em números absolutos, com saldo negativo de 165.360 pessoas, representando cerca de 1% da população em agosto de 2022.

Na Região Norte, Acre e Amapá também apresentaram saldos negativos, enquanto Tocantins foi o único estado da região a registrar saldo positivo.

O quesito de data fixa utilizado nos Censos desde 1991 auxilia na identificação de migrantes, padronizando a análise dos deslocamentos populacionais.

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