O que fazem as empresas afetadas pelo ataque hacker que desviou quase R$ 1 bi
C&M Software sofre um ataque hacker que comprometeu contas de reserva de instituições financeiras e gerou um prejuízo estimado em até R$ 1 bilhão. O Banco Central e as autoridades estão investigando o incidente, que é considerado um dos maiores do setor financeiro brasileiro.
Ataque hacker à C&M Software provoca impacto de até R$ 1 bilhão.
A empresa, fundada em 1999 por Orli Machado, presta serviços de integração financeira, incluindo o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC).
O ataque foi comunicado na noite de terça-feira, 1º, afetando o sistema de seis instituições financeiras, incluindo a BMP e a Credsystem. O valor do ataque é estimado em R$ 800 milhões, tornando-se um dos maiores do setor financeiro brasileiro.
O BC, a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo estão investigando o caso. A C&M Software, sediada em Barueri (SP), possui cerca de 250 profissionais e atua também nos EUA desde 2015.
Além do Pix, a empresa ajudou na criação do FedNow, similar ao Pix nos EUA, e detém 23% do mercado de processamento de dados financeiros, com aproximadamente 400 clientes, incluindo o Bradesco.
A C&M está em conformidade com os padrões do BC e expandiu suas operações para a Colômbia.
A BMP declarou que o ataque não afetou seus clientes e que a C&M foi rapidamente desconectada do BC. A empresa afirmou ter colaterais suficientes para cobrir o valor impactado.
Credsystem, outra entidade afetada, tem forte atuação no varejo e já emitiu 44 milhões de cartões desde sua fundação em 1996. Ambas as empresas aguardam detalhes adicionais da investigação.