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O que há de controverso no julgamento de Bolsonaro no STF segundo especialistas

STF inicia julgamento de Jair Bolsonaro em caso de tentativa de golpe, enquanto especialistas analisam controvérsias na condução processual. Críticas concentram-se na atuação do ministro Alexandre de Moraes, levantando questões sobre imparcialidade e limitações às defesas.

STF inicia julgamento de Jair Bolsonaro e sete réus no dia 2 de setembro, acusados de tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Alexandre de Moraes enfrentou críticas pela condução do processo, mas criminalistas acreditam que as provas sustentam a acusação de tentativa de golpe.

Especialistas apontam sete controvérsias na ação penal:

  • Competência do STF: Discussão se caberia ao Supremo julgar Bolsonaro, dado que, na época da abertura da ação, antigos presidentes deveriam responder em primeira instância.
  • Concentração de etapas: O mesmo relator ficou responsável por autorizar medidas investigativas e julgar o mérito, levantando dúvidas sobre imparcialidade.
  • Julgamento pela Primeira Turma: Casos como o de Bolsonaro costumam ser julgados pelo plenário, não por uma turma de cinco ministros.
  • Divisão de núcleos: A separação dos réus em núcleos distintos restringiu a defesa e dificultou a interação entre réus de diferentes níveis hierárquicos.
  • Prazo para defesas: Defensores criticam a falta de prazo adequado para análise de documentos, citando exemplos de prazos impróprios antes das audiências.
  • Delação de Mauro Cid: O método de interrogatório seguido por Moraes durante a audiência foi visto como violação da legislação vigente sobre delações.
  • Prisão domiciliar: Críticas à decretação da prisão de Bolsonaro, com questionamentos sobre a validade das justificativas apresentadas.

Embora críticas tenham sido feitas, alguns advogados afirmam que a atuação do STF é necessária para a defesa da democracia, considerando que os crimes em questão são graves.

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