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O que levou Israel a atacar uma prisão no Irã

Ataques israelenses miram a prisão de Evin, repleta de prisioneiros políticos e estrangeiros. O governo iraniano ainda não confirmou o número de mortes e feridos após a ofensiva.

Israel iniciou uma nova ofensiva contra o Irã nesta segunda-feira (23), atacando a prisão de Evin em Teerã, conhecida por abrigar prisioneiros políticos e estrangeiros. A prisão é acusada de abusos contra detentos.

Relatos do portal iraniano Mizan indicam que as forças de segurança foram mobilizadas e a prisão estava "totalmente sob controle". O Iran International reporta a morte de ao menos 16 funcionários e feridos entre prisioneiros. Até então, o Irã não confirmou vítimas.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, classificou a prisão como um "órgão de repressão" e o ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa'ar, compartilhou um vídeo do ataque.

O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou a ofensiva, afirmando que não está relacionada ao objetivo de impedir o programa nuclear iraniano e que coloca civis em risco.

A prisão de Evin, principal para presos políticos, foi construída em 1971 e abriga milhares de prisioneiros, enfrentando críticas de direitos humanos. A Human Rights Watch denunciou abusos, incluindo a falta de assistência médica a detentos.

A União Europeia sancionou o chefe da penitenciária, Hedayatollah Farzadi, por prender cidadãos com dupla nacionalidade sob pretextos ilegítimos.

Entre os casos destacados, estão os franceses Cécile Kohler e Jacques Paris, detidos desde maio de 2022, acusados de espionagem. O governo francês afirma que suas condições na prisão são semelhantes à tortura. Uma petição foi apresentada à Corte Internacional de Justiça contra o Irã, que refutou a ação como uma manobra legal.

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