O que naufrágio de navio de guerra da Coreia do Norte revela sobre regime de Kim Jong-un
Incidente com novo navio de guerra da Coreia do Norte revela a determinação de Kim Jong-un em fortalecer a marinha do país. A rápida recuperação após o naufrágio evidencia mudanças na estratégia de propaganda do regime.
Coreia do Norte chamou atenção internacional ao ter um novo navio de guerra virado durante seu lançamento, no mês passado. Apesar de não haver mortes e dano mínimo ao casco, o incidente trouxe à tona a reação de Kim Jong-un, que o classificou como um “ato criminoso” que prejudicou a dignidade do país.
Kim imediatamente ordenou a restauração do navio e punição aos responsáveis, resultando na prisão de quatro autoridades.
O interesse pelo caso reside na busca de Kim por uma marinha moderna e armada com nucleares, apesar das limitações da atual frota norte-coreana. Os recém-inaugurados destroieres são a primeira etapa rumo a esse objetivo.
A construção e lançamento de um destroier é uma tarefa complexa, e o incidente reflete as limitações da indústria naval do país. Além disso, a exibição pública do fracasso indicou uma mudança na estratégia de propaganda do regime. Em vez de ocultar falhas, Kim mostrou disposição em enfrentar problemas.
Essa nova abordagem visa reforçar a lealdade ao regime, transformando cada fracasso em um sucesso político. O rápido relançamento do navio, pouco mais de três semanas após o acidente, exemplifica essa dinâmica.
Kim não se apresentou como um líder infalível, mas celebrou um trabalhador que morreu no processo como símbolo de devoção.
Esse evento revela uma habilidade estratégica de Kim para controlar a narrativa. Especialistas alertam que o desenvolvimento da marinha, focado em capacidades nucleares, não pode ser subestimado e exige vigilância internacional.