O que o Brics fez para voltar ao alvo da metralhadora tarifária de Trump? Entenda

BRICS enfrenta novas ameaças tarifárias de Donald Trump

Durante uma cúpula no Rio de Janeiro, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) expressaram sua séria preocupação com as ameaças tarifárias do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Ele anunciou que imporá um adicional de 10% ao imposto de importação para produtos de países que considera “antiamericanos”.

Apesar da cautela dos líderes do Brics, a tensão aumentou, especialmente com a iminente imposição de tarifas a partir de 1º de agosto por parte dos EUA. Trump indicou que não haverá exceções: "A qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas do Brics será cobrada uma TARIFA ADICIONAL de 10%."

Reações variadas surgiram entre os membros do Brics. Enquanto a China e Rússia tentaram moderar a situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou Trump, afirmando que o Brasil é um país soberano e "os países têm o direito de taxar também".

A China reiterou sua posição contra guerras comerciais, enquanto a Rússia declarou que a interação dentro do Brics não é direcionada a nenhum país específico.

Ampliação do Brics e agenda de desenvolvimento

O grupo, que recentemente se expandiu para 11 países, representa quase metade da população mundial e cerca de 40% do PIB global. Lula mencionou que o "Sul Global" pode liderar um novo paradigma de desenvolvimento.

Notáveis ausências na cúpula incluíram os líderes do Irã e da Rússia, este último com mandado de prisão internacional. O Brics pediu um "cessar-fogo imediato" em relação ao conflito na Faixa de Gaza e condenou os "ataques militares" de Israel e EUA ao Irã.

Adicionalmente, o grupo emitiu uma declaração apoiando o direito de cada país em criar suas próprias regulamentações sobre inteligência artificial.