O que o impasse do IOF diz sobre o que precisa mudar no Orçamento? Economistas respondem
Presidente da Câmara alerta para a necessidade urgente de reforma nas contas públicas, frente ao aumento do IOF e projeções de rombo no orçamento. Especialistas indicam que, sem mudanças estruturais, o Brasil pode enfrentar uma crise econômica severa em 2027.
Aumento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a urgência por reforma nas contas públicas foram temas abordados pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, após anúncio do governo.
Economistas apontam uma série de desafios fiscais, com um rombo projetado de R$ 10,9 bilhões no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 para 2027.
Um Orçamento comprometido pode inviabilizar programas essenciais, como Farmácia Popular e universidades públicas.
Expertos sugerem uma reforma estrutural, incluindo mudanças na indexação e vinculação de gastos, enfrentando a resistência política. Economistas como Fabio Giambiagi criticam a política atual de reajuste do salário mínimo como um dos maiores problemas para as contas públicas.
Desde 2023, as ordens de reajuste real do salário mínimo têm exacerbado o aumento das despesas, impactando negativamente o orçamento. Percebe-se uma falta de disposição para mudanças, com emendas parlamentares aumentando para R$ 50 bilhões anuais.
Se não houver reforma estrutural, pode ocorrer uma situação fiscal ainda mais crítica do que a vivida na crise de 2014-2016. A meta fiscal de superávit primário de 0,25% do PIB pode ser revista para zero.