O que sabemos sobre São José, o pai de Jesus — e as dúvidas a respeito de sua biografia

História de São José, esposo de Maria: um tema repleto de controvérsias por sua vida simples e escassos registros históricos.

Seu relato é baseado em três fontes: evangelhos, textos apócrifos e tradição. A figura de José é descrita como um homem justo, apresentado na Bíblia, porém com informações limitadas.

Estudos revelam que ele não tem falas na Bíblia e é reconhecido como um homem introspectivo que aceita o papel de pai adotivo de Jesus após um aviso angelical a respeito da gravidez de Maria.

Apenas a última menção de José ocorre quando Jesus tinha 12 anos. A partir daí, sua presença desaparece, dando espaço para especulações sobre sua morte e idade.

Os textos apócrifos, como a História de José, o Carpinteiro, datada entre os séculos 6 e 7, o retratam como um homem viúvo de 111 anos, em excelente saúde, apesar da falta de evidências sobre a veracidade dessas informações.

José é comumente denominado carpinteiro, embora o termo utilizado não especifique claramente seu ofício. A tradição o associa ao trabalho braçal, e ele é considerado patrono dos trabalhadores.

A imagem de um José mais velho se popularizou, especialmente em tradições cristãs orientais que o descrevem como viúvo antes de Maria. Para a Igreja Católica, sua idade não é especificada nos textos.

Controvérsias persistem sobre a possível paternidade de outros filhos de Maria e a interpretação de passagens bíblicas que sugerem relações familiares com Jesus.

Em meio a questionamentos, a importância de José reside na sua representação de um modelo de paternidade. Ele é visto como um pai que protege e ensina, gerando respeito nas tradições cristãs.

A devoção a São José foi oficializada em 1621, tornando-se um modelo de santidade e sendo celebrado no Dia dos Pais, em 19 de março.