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O que são terras raras e como a China as usa como arma estratégica

China intensifica controle sobre exportações de terras raras, impactando indústrias dos EUA e da Europa. Medidas visam reforçar posição nas negociações comerciais, expondo vulnerabilidades e ameaçando cadeias de suprimento globais.

China suspende exportação de terras raras para os EUA

A China domina a produção de terras raras, essenciais para eletrônicos e defesa, controlando mais de 60% da produção global.

Em abril, o país limitou as exportações de sete tipos de terras raras e ímãs permanentes como resposta às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A interrupção nas cadeias de fornecimento afetou fábricas americanas, como a Ford, que reduziu a produção de SUVs. As fornecedoras Aptiv e BorgWarner estão desenvolvendo motores que usam menos terras raras.

Uma pesquisa revelou que 75% das empresas americanas podem esgotar seus estoques em até três meses.

A China busca manter vantagem: Acordos em Londres incluem acelerar a aprovação de licenças, mas não está claro se cobrem o setor militar.

A União Europeia também é afetada, dependendo da China para 98% dos ímãs de terras raras. A Associação Europeia de Fornecedores de Autopeças alertou sobre paradas nas linhas de produção na Europa.

A Comissão Europeia visa produzir 7 mil toneladas de ímãs até 2030, com novos projetos em andamento na Estônia e França.

Os líderes do G7 definiram estratégias para mitigar a escassez e diversificar o fornecimento global.

Oito países dominam reservas de terras raras, com a China liderando. Brasil, Índia e Austrália somam 31 milhões de toneladas. O Brasil possui potencial, mas sua produção é incipiente, concentrando 1% da produção global.

A Índia também possui reservas significativas, mas enfrenta limitações de refino.

A Groenlândia é vista como fonte futura, com projetos em andamento e acordos de cooperação com EUA e UE.

Até que alternativas sejam desenvolvidas, a China continuará usando terras raras como uma “arma geopolítica” poderosa.

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