O que se sabe sobre o plano de Israel para tomar a cidade de Gaza
Israel define estratégia para controle da cidade de Gaza em meio a intensas críticas internacionais. O plano visa pressionar o Hamas e reestabelecer a segurança na região, enquanto distribui ajuda humanitária à população afetada.
Israel anuncia plano para controlar Gaza
Nesta sexta-feira (8), Israel revelou um plano para tomar o controle da cidade de Gaza, visando encerrar o conflito iniciado em 2023.
O plano foi aprovado pelo gabinete de segurança israelense e as Forças de Defesa de Israel (IDF) começaram a se preparar para a operação, ao mesmo tempo que distribuem ajuda humanitária fora das zonas de combate.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu explicou que a operação baseia-se em cinco princípios, com foco em:
- Aumentar a pressão militar para libertar reféns e destruir o Hamas.
- Tomar toda a Faixa de Gaza, mas sem mantê-la sob controle.
- Transferir a administração a uma força árabe não ameaçadora.
O plano foi alterado após desavenças com o chefe do exército, que se opôs à tomada total da região. A decisão atual é focar apenas na cidade de Gaza, profundamente afetada pelos bombardeios.
A cidade tinha aproximadamente 700 mil habitantes antes do conflito, mas milhares já fugiram devido às evacuações. Atualmente, Israel controla 75% da Faixa de Gaza, com cerca de 2 milhões de palestinos refugiados na cidade e nas áreas próximas.
A resposta internacional foi severa:
- O Reino Unido criticou a decisão e ameaçou reconhecer o Estado da Palestina.
- O chanceler da Alemanha vetou a venda de armamentos a Israel.
- Volker Turk, da ONU, pediu a interrupção do plano militar.
- O Ministério de Relações Exteriores da Turquia conclamou a comunidade internacional a agir.
- A China expressou “sérias preocupações” e enfatizou que Gaza pertence aos palestinos.
Outros países, como Arábia Saudita, Austrália, Belgica, Espanha, Finlândia, Países Baixos e Suécia, também se manifestaram contrários ao plano.