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O que se sabe sobre organização apoiada por Trump que iniciou plano de ajuda na Faixa de Gaza

Fundação Humanitária de Gaza inicia ajuda no território palestino, apesar de críticas da ONU e grupos humanitários. A iniciativa é vista como uma ameaça ao princípio de neutralidade nas operações de ajuda humanitária.

Fundação Humanitária de Gaza, apoiada por Donald Trump, inicia atividades em Gaza com um plano de ajuda controverso.

O chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, critica a fundação, sugerindo um disfarce para "mais violência e deslocamento" dos palestinos. Israel se comprometeu a facilitar a iniciativa, mas sem se envolver na entrega dos suprimentos.

A fundação foi criada em fevereiro e não possui site. Nomes notáveis em seu conselho incluem:

  • Raisa Sheynberg - MasterCard
  • Jonathan Foster - Current Capital Partners LLC
  • Nate Mook - World Central Kitchen

Segundo fontes, a fundação colabora com empresas americanas de segurança para transportar ajuda a Gaza. Está em processo de estabelecer locais de distribuição, com incentivos de autoridades israelenses.

Entretanto, grupos humanitários criticam o plano por poder desrespeitar o direito internacional. A fundação, registrada na Suíça, terá apenas quatro centros de distribuição no sul de Gaza, insuficientes para atender mais de 2 milhões em risco de fome.

Críticos alegam que o novo sistema usa reconhecimento facial para filtrar beneficiários com base na possível ligação ao Hamas. Isso fere resoluções da ONU que defendem a ajuda por necessidade, sem distinção.

A ONU declarou que não participará desse esquema por falta de imparcialidade. O porta-voz da ONU, Farhan Haq, reiterou que o plano viola princípios de imparcialidade, neutralidade e independência.

Donald Trump expressou interesse em transformar Gaza em uma "zona de liberdade", com planos de reestruturação da região. O ex-diretor executivo, Jake Wood, renunciou, alegando que a fundação não poderia seguir princípios humanitários.

A fundação declarou ter iniciado as entregas, com meta de alcançar 1 milhão de palestinos até o final da semana e prometeu expandir sua atuação rapidamente.

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