O que sucesso do 'Pix da Índia' revela sobre ofensiva de Trump contra o Pix brasileiro
Investigação dos EUA foca no Pix brasileiro enquanto UPI indiano permanece intocado. Especialistas discutem as semelhanças e diferenças entre os sistemas de pagamentos instantâneos.
O sistema de pagamentos instantâneos da Índia, o Unified Payments Interface (UPI), é mais antigo e com mais funcionalidades do que o Pix brasileiro. Desenvolvido com apoio do governo indiano, o UPI permanece fora da investigação do governo dos EUA, ao contrário do Pix, que é analisado por práticas "desleais".
A investigação americana, iniciada em 15 de julho, menciona o Pix como um "serviço de pagamento eletrônico desenvolvido pelo governo". Paul Krugman, prêmio Nobel, elogiou o sistema brasileiro, enquanto figuras políticas defendem o Pix.
Diferenças e semelhanças:
- O UPI foi lançado em 2016 e é usado por 500 milhões de indianos, com 83% das transações digitais do país.
- O UPI oferece soluções como pagamentos offline e por comando de voz, que ainda não estão no Pix.
- A internacionalização do UPI já abrange países como Butão, Nepal e Cingapura. O Pix, embora com potencial, ainda não foi oficializado internacionalmente.
Impacto no mercado: O Pix cresceu rapidamente, atingindo 74% da população em três anos. Sua estrutura favorece empresas nacionais, enquanto o UPI é dominado por big techs americanas. Essas diferenças impactam diretamente a concorrência no setor.
O papel do Banco Central brasileiro foi decisivo na adoção rápida do Pix, ao contrário do UPI, que foi uma parceria público-privada com maior flexibilidade para o setor privado.
Investigação dos EUA: A investigação sugere que o Pix poderia prejudicar as empresas americanas. Especialistas notam que o Brasil é um mercado estratégico para as grandes techs, e o sucesso do Pix pode ter implicações no cenário internacional de pagamentos.