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O que 'terapeuta de ricos' aprendeu sobre felicidade ouvindo os problemas dos milionários

Psicoterapeuta especializado em pacientes milionários destaca o "efeito tóxico da abundância", alertando que a felicidade não é alcançada por meio do dinheiro. Cockrell propõe que a busca por significado e propósito vai além das cifras acumuladas.

Psicoterapeuta Clay Cockrell abandonou a busca por riqueza ao perceber os riscos de ter abundância. Ele atende milionários e foca no que chama de “efeito tóxico da abundância”, onde a busca incessante por dinheiro dificulta a felicidade.

Segundo Cockrell, os clientes acreditam que “ter US$ 10 milhões” trará segurança, mas logo percebem que querem US$ 50 milhões. A terapia busca propósitos além do dinheiro, como filantropia e relacionamentos.

Atendendo super-ricos, ele notou que muitos enfrentam dificuldades emocionais e de relacionamento, sentindo-se isolados e desconfiados. Esse isolamento impede novas conexões, pois há receio de que as pessoas se aproximem apenas por interesse financeiro.

A infância em famílias ricas também traz desafios. Filhos podem enfrentar pressões para superar os pais e sentir falta de ambição. Além disso, a exposição a um estilo de vida de luxo pode levar ao tédio e comportamentos de risco.

Clay Cockrell ganhou notoriedade escrevendo sobre suas experiências paralelas à série “Succession”, que ilustra as dinâmicas familiares de bilionários. Ele aponta que, apesar de algumas conquistas admiradas, a percepção dos super-ricos oscila entre admiração e vilanização.

A crise de desigualdade também é destacada, com a Oxfam reportando que a riqueza dos cinco homens mais ricos dobrou desde 2020, enquanto bilhões de pessoas enfrentam dificuldades financeiras.

Cockrell conclui que a verdadeira felicidade não está em se tornar milionário, mas em relações, família e contribuições à comunidade.

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