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O que um zero à esquerda pode fazer por você

A recente elevação de 0,25 ponto percentual na Selic revela impactos significativos ao longo do tempo, especialmente em investimentos e dívidas. Ignorar esses pequenos aumentos pode custar caro e afetar severamente a saúde financeira.

Ditados populares são frequentemente usados para explicar situações cotidianas, como as finanças.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, alcançando o maior patamar em quase duas décadas.

Essa mudança pode não parecer significativa, mas apresenta impactos importantes a longo prazo.

Por exemplo, um investimento de R$ 10 mil a 14,75% ao ano resulta em R$ 156.694,55 após 20 anos, enquanto a 15% resulta em R$ 163.665,37 — uma diferença de R$ 6.970,82.

Nos juros compostos, pequenas variações se tornam grandes ao longo do tempo. O clássico ditado “de grão em grão” ilustra isso bem.

Por outro lado, na questão das dívidas, o impacto é brutal. A taxa média do rotativo do cartão de crédito já ultrapassa 400% ao ano.

O aumento nos juros de empréstimos não é proporcional ao aumento da Selic, devido a fatores como inadimplência e concorrência.

Um estudo da PUC-Rio mostrou que o repasse da Selic para empréstimos é mais intenso em subidas do que em quedas: 0,95 para cheque especial e 1,44 para cartão de crédito.

Ignorar pequenos números pode custar caro, resultando em menos tranquilidade e mais estresse financeiro.

O zero à esquerda pode parecer insignificante, mas, dependendo do contexto, pode ser a diferença entre viver tranquilo ou no vermelho. A reflexão final: quem não tem cabeça para pensar, precisa ter bolso para pagar.

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