O que vem depois dos aiatolás? O futuro incerto do Irã em caso de queda do regime
Israel pressiona pela mudança de regime no Irã, enquanto Benjamin Netanyahu clama ao povo iraniano para se revoltar contra o aiatolá Khamenei. A dinâmica entre as nações permanece tensa, com o Irã não reconhecendo a legitimidade de Israel e aumentando as tensões regionais.
Conflito entre Israel e Irã:
Desde o início do conflito, Israel defende uma mudança de regime no Irã. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu ao povo iraniano que se revolte contra o aiatolá Ali Khamenei.
O Irã, uma teocracia islâmica xiita, não reconhece Israel como um estado legítimo. O regime atual data de 1979, com a Revolução Iraniana que derrubou o xá Rehza Pahlavi.
Hierarquia do regime:
- Líder supremo: Ali Khamenei, escolhido para mandato vitalício.
- Assembleia de Especialistas: eleita por voto popular, aprova candidatos ao cargo de líder.
- Conselho dos Guardiães: aprova ou desqualifica candidatos para a Assembleia.
Khamenei tem autoridade máxima sobre os três poderes do governo e das forças armadas, e seu poder é superior ao do presidente Masoud Pezeshkian.
Oposição ao regime:
- Irã não reconhece Israel: passaportes proíbem viagens para a "Palestina ocupada".
- Regime criticado por práticas ortodoxas: caso de Mahsa Amini em 2022 gerou protestos.
- 25% do regime não mudou: nova lei em 2023 prevê até 10 anos de prisão por uso indevido do hijab.
As vozes de oposição são fragmentadas. O exilado Reza Pahlavi clama pela restauração da monarquia, enquanto o Conselho Nacional de Resistência do Irã busca causas democráticas.
A Guarda Revolucionária controla as forças armadas e se opõe a Israel, complicando a situação. Donald Trump se opôs ao assassinato de Khamenei, destacando a incerteza da sucessão.