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O ritmo do ministro e a autocensura

Conversas vazadas revelam a pressão de Alexandre de Moraes sobre seus subordinados para acelerar investigações contra cidadãos, configurando um cenário de perseguição política sem precedentes. A reportagem destaca como pessoas inocentes foram condenadas com base em suas opiniões e posições ideológicas, colocando em xeque a integridade do sistema judicial brasileiro.

Conversa entre funcionários do TSE e chefe de gabinete revela pressão por resultados.

A chefe de gabinete de Alexandre de Moraes, Cristina, exigiu a Eduardo Tagliaferro que a análise no TSE fosse feita rapidamente, apontando que os funcionários estavam “mal-acostumados” ao ritmo do ministro. Eduardo rebatou que eles nunca haviam feito tal análise antes.

A reportagem de David Ágape e Eli Vieira destaca a inversão da lógica judicial, onde cidadãos sem antecedentes foram presos com base em sinais ideológicos. Os indícios de culpa foram encontrados em mensagens e publicações nas redes sociais. A série “Vaza Toga” revelou conversas sobre prisões baseadas em inclinações políticas.

Glenn Greenwald, formado por mensagens vazadas, sofreu pressões para divulgar documentos não publicados, mas ao final afirmou que já tinha divulgado tudo pertinente. Nova reportagem provou que indivíduos inocentes foram condenados por sua preferência política, não por crimes efetivos.

Exemplos absurdos de prisões incluem a idosa Vildete, erroneamente classificada como “positiva” e condenada a 11 anos, e Claudiomiro, preso por criticar o governo nas redes sociais. A perseguição ao “pensamento errado” foi comparada ao regime nazista.

Funcionários do TSE, sob a direção de Moraes, atuavam em clima de medo e desumanidade. A pressão para perseguir a oposição gerou manifestações distorcidas da lei e da justiça, com episódios como a prisão de um vendedor ambulante que nunca esteve nas manifestações.

A arbitrariedade de Moraes é amplamente ignorada por parte da imprensa, com práticas de autocensura se espalhando. A cronologia de como a autocensura poderia tornar-se uma norma para o jornalismo foi delineada, alertando sobre o impacto da covardia na história.

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