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O silêncio bilionário de Itaipu

Enquanto a dívida de Itaipu é finalmente quitada, os consumidores ainda enfrentam tarifas elevadas e falta de transparência na gestão da ENBPar. Denúncias de irregularidades e uso inadequado de recursos públicos evidenciam a necessidade de maior controle e responsabilidade no setor elétrico.

A dívida de Itaipu foi quitada, mas as tarifas de energia permanecem altas.

Após US$ 63,5 bilhões pagos durante quase 50 anos, a Itaipu finalmente acabou com sua dívida de construção. Contudo, sob a gestão da ENBPar, não houve mudança nas tarifas.

A ENBPar, que administra a parte brasileira da Itaipu, optou por utilizar os recursos que antes eram usados para amortização da dívida em projetos de responsabilidade socioambiental, mantendo a tarifa elevada sem transparência.

A empresa não divulgou os termos do novo acordo com a Ande e a Itaipu Binacional, desobedecendo disposições da CGU sobre transparência. Isso compromete a governança do setor elétrico e desvia recursos que deveriam beneficiar o consumidor.

Além disso, surgiram denúncias sobre gastos excessivos durante uma missão oficial em Lisboa, com custos de mais de R$ 116 mil para viagens de diretores, sem justificativas adequadas. Há suspeitas de irregularidades, como viagens de funcionários não autorizados.

A ENBPar também é acusada de firmar convênios vagos com ONGs e municípios, financiando eventos promocionais sem relação com sua missão. Há iniciativas projetadas para a COP30 que não abordam os desafios tarifários enfrentados pela população.

Diante disso, foi apresentada a PFS 1 de 2025, que propõe uma auditoria do TCU para investigar acordos da ENBPar. A proposta já foi aprovada e está em andamento.

O consumidor brasileiro, que já pagou pela dívida, agora deve ser respeitado. A cobrança das tarifas deve ser revisada e a ENBPar precisa dar explicações claras à população.

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