O tarifaço de Trump como ferramenta de intervenção política internacional
Trump transforma tarifas em ferramenta geopolítica, desafiando o livre comércio. Estratégias protecionistas geram ganhos imediatos, mas podem trazer prejuízos a longo prazo para a economia americana.
Trump abandonou o livre comércio, um pilar do neoliberalismo, adotando o protecionismo como estratégia política. Apesar das críticas, sua política tarifária tem tido sucesso temporário.
Países e blocos poderosos aceitam as tarifas altas sem muita resistência. A Organização Mundial do Comércio (OMC) está sendo boicotada pelos EUA, reduzindo sua eficácia no comércio global.
O pacote tarifário de Trump serve não apenas para regular o comércio, mas também para atingir objetivos geopolíticos. Exige que a União Europeia aumente seus gastos com defesa e penaliza a Índia por negócios com a Rússia. Além disso, Trump ameaça novas tarifas se a Rússia não acordar um cessar-fogo com a Ucrânia.
O Brasil foi impactado pelas tarifas, especialmente após a proposta do presidente Lula sobre pagamentos em moedas do Brics e a situação do ex-presidente Bolsonaro. Isso demonstra o uso da política tarifária para influenciar a política interna de outros países.
Embora Trump consiga submeter países a suas vontades, os custos desse protecionismo podem ser altos a longo prazo. O livre comércio, conforme argumentos de Adam Smith, é essencial para benefícios mútuos. O protecionismo pode prejudicar a competitividade, provocar inflação e enfraquecer a democracia e a liderança dos EUA no cenário global.