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O teste de DNA em osso que pode reescrever a história do Egito antigo

Análise de DNA revela conexão ancestral entre antigos egípcios e mesopotâmicos. Estudo oferece nova perspectiva sobre a transformação do Egito em uma das civilizações mais poderosas da história.

Teste de DNA antigo revela conexão entre Egito e Mesopotâmia.

Um teste de DNA realizado a partir de ossos de um homem de 4.500 anos no Vale do Nilo fornece a primeira evidência biológica de vínculo entre civilizações.

O estudo mostrou que 20% do DNA do esqueleto, possivelmente de um oleiro, tinha origem na Mesopotâmia (atual Iraque), a 1.500 km de distância. Isso pode explicar a evolução do Egito de um conjunto de comunidades agrícolas para uma civilização poderosa.

O pesquisador Pontus Skoglund, do Instituto Francis Crick, ressaltou que novas técnicas de extração de DNA ajudam a entender o passado além dos registros escritos predominantes que refletem apenas as elites.

A amostra foi coletada de um osso do ouvido interno de um homem enterrado em Nuwayrat, próximo ao Cairo. Ele morreu em um período chave para a formação das culturas egípcia e mesopotâmica.

  • Arqueologia indica contato entre Egito e Mesopotâmia há 10.000 anos.
  • A troca de informações e migrações significativas são agora corroboradas por evidências.

A análise dos ossos indicou que o homem tinha entre 45 e 65 anos e era 1,57 m de altura. Indícios sugestivos mostram que era um oleiro, com alterações ósseas que refletem sua profissão.

O esqueleto foi escavado em 1902 e sobreviveu a eventos de guerra, permitindo agora a descoberta de sua ancestralidade por meio de pesquisa publicada na Nature.

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