“O turnaround acabou.” CVC tem seu maior lucro desde 2018
CVC reporta lucro líquido ajustado e reverte prejuízo em 2023, impulsionando expectativas de crescimento. A estratégia de reestruturação e foco em produtos exclusivos destacam-se após anos de dificuldades financeiras.
Ação da CVC sobe 14% esta semana com expectativa do resultado do quarto trimestre.
A CVC reportou um lucro líquido ajustado de R$ 8,5 milhões no tri, revertendo o prejuízo de R$ 15,4 milhões do mesmo período do ano passado. O consenso esperava um prejuízo de R$ 20 milhões.
No ano, a CVC lucrou R$ 53,8 milhões, seu melhor resultado desde 2018, após um prejuízo de R$ 238,3 milhões em 2023.
O EBITDA foi de R$ 82,6 milhões, alta de 52% ano contra ano. No ajustado, alta de 25,1%, para R$ 108,1 milhões.
Fábio Godinho afirmou: “Podemos dizer que o turnaround acabou, e em 2025 começamos um ciclo de crescimento e inovação que vai até 2027.”
A receita líquida no quarto tri foi de R$ 366 milhões, alta de 4%. Em 12 meses, a receita foi de R$ 1,3 bilhão, alta de 3,8%.
Os resultados refletem o plano de reestruturação iniciado em 2023, com foco em produtos exclusivos e assistência ao cliente.
- Retomada de negociação de pacotes exclusivos com hotéis e companhias aéreas.
- Participação de produtos exclusivos aumentou de próximo de zero para 23,3% no faturamento.
- 301 aberturas e 28 fechamentos de lojas em 2024, totalizando 1.492 lojas.
O modelo “figital” da CVC cresceu de 11% para 39%. A consultoria com agentes é um diferencial nas vendas.
Godinho acredita que há espaço para mais aberturas, especialmente em cidades do interior. Ele também mencionou que clientes B2C tiveram crescimento de 11%, enquanto B2B e operações na Argentina caíram.
A ação da CVC acumulou uma queda de 28% no ano, valendo R$ 1,2 bilhão na B3.