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O verdadeiro dilema de Xi Jinping na China

Desafios internos e a crise do setor imobiliário dificultam a recuperação econômica da China, enquanto o governo tenta estimular o consumo. A estratégia de diversificação de mercados e a busca por novas oportunidades podem ser a chave para enfrentar as tarifas de Trump.

Trump e suas tarifas de 145% provocam risadas entre comerciantes chineses, que se mobilizam nas redes sociais criando memes.

Enquanto isso, Xi Jinping reafirma a autossuficiência da China, dizendo que o país não teme a pressão externa. Apesar das tarifas, a dependência chinesa das exportações para os EUA é menor do que há 10 anos.

A economia chinesa enfrenta desafios, como a crise imobiliária e a insegurança em relação aos empregos. Famílias, temendo pela aposentadoria, estão relutantes em gastar, o que impede o crescimento econômico.

Embora a China tenha um mercado interno grande, o consumo não cresce devido à incerteza econômica, afetada pela queda dos preços dos imóveis e pelo desemprego juvenil, que supera 20% nas áreas urbanas.

O governo tenta estimular a economia com subsídios e medidas de incentivo ao consumo, mas especialistas alertam que soluções de longo prazo são necessárias.

Xi também enfrenta o desânimo da geração jovem, o que pode levar a protestos. O descontentamento crescente é monitorado, embora as manifestações sejam rapidamente censuradas.

Em busca de novos mercados, a China diversificou suas exportações para o Sudeste Asiático, América Latina e África, além de fortalecer a iniciativa "Cinturão e Rota".

As tarifas de Trump representam uma oportunidade para Xi moldar a imagem da China como um parceiro comercial alternativo e estável. Apesar de desafios passados, o país busca se posicionar como um líder comercial global.

Enquanto a tensão entre Washington e Pequim aumenta, a estratégia de longo prazo da China será crucial para enfrentar os obstáculos internos e externos de sua economia.

As expectativas de um recuo nas tarifas por parte de Trump indicam uma possível mudança nas negociações, mas a decisão de diversificação da China provavelmente continuará.

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